palavras secas, sem destino
incansável som de cascos
enquanto
do fundo do poço, estrelas fixas
governam uma vida
Sylvia Plath
palavras secas, sem destino
incansável som de cascos
enquanto
do fundo do poço, estrelas fixas
governam uma vida
Sylvia Plath
Caetano. O prancha. Tropicar não é soda água de coco e nem chá de palha. O ismo mais feliz é redundante no seu filho. Viva o homem que trota sobre os versos e é leão criador catalisador zeloso. Sempre que eu falar de você rambele jamais soará um trote. Sentimentos 0900.
Por Carlinhos Brown
Nu com a minha música
Fora isso somente amor
…
Coragem grande é poder dizer sim
E bye pra esses jornalistas – seduzidos pelo poder de ter a palavra publicada – que só falam merda sobre o Caetano, um festival de despeito e desconhecimento.
Será que já ouviram Transa? Circuladô de fulô?
Se tivessem escutado, estariam, no mínimo, tocados com o que há de força e beleza ali. Mas eles não se tocam, e não viram o disco.
Passando a noite no rio Jiang-De
Por Meng Haoran
A barca atraca na ilhota de bruma
Crepúsculo: renasce a comoção do viajante.
Uma palavra imensa; desce o céu às árvores
Límpido, o rio: chega-se a lua aos homens.
Tradução Haroldo de Campos
O mar é só mar, desprovido de apegos,
matando-se e recuperando-se,
correndo como um touro azul por sua própria sombra,
e arremetendo com bravura contra ninguém,
e sendo depois a pura sombra de si mesmo,
por si mesmo vencido. É o seu grande exercício.
Cecília Meireles
o que é que há com beLo horizoNte?
cidade sem Gi
cidade sem giz,
previsível, habitável
sem seu cabelo tingindo de vermelho
quarteirões inteiros da Fernandes Tourinho,
impedindo o sossego dos transeuntes;
sem seu sorriso alongando as madrugadas já abandonadas, vazias…
cidade sem Letícia e sua felicidade desconfiada, cabreira, ensimesmada,
e talvez por isso mesmo mais feliz do que
a dos de sorriso armado-límpido-pronto para a fotografia
e para quem mais quiser consumir…
cidade sem os s sibilantes, graves mas não guturais, de Féres…
ontem-hoje-antes-de-ontem-e-antes-ainda-e-talvez-amanhã
a voz de Tatiana Parra,
na canção Mãe, de Flávio Henrique e Guilherme Wisnik,
túnel fundo fenda pra nascer
http://www.myspace.com/tatianaparra
a voz de Thaís Gulin,
na canção Defeito 10: Cedotardar, de Moacyr Albuquerque,
liberdade errante-certeira, timbre seguro que transporta
e não devolve a passagem, ousadia sem beca e de batom
…te sigo.
http://www.myspace.com/thaisgulin
a voz de Janaína Assis,
na canção Marinheiro, de Alexandre Amaro e Flávio Boaventura,
bendita lâmina grave que fere a parede e traz
as febres loucas e breves
que mancham o silêncio e o cais.