Preciso pintar as letras de dourado para te escrever, meu amigo.

Retintas, elas bailam para fora da razão e dançam essa saudade que ganhou outro corpo e lugar, outro jeito de ser.

Nem todo silêncio é vazio, farpa, escuridão.

Sua ausência é aqui,

passagem, morada, nuvem

e eclipse.

Sua ausência é um corpo,

invisível, resistente, nu,

imensurável.

Sua lira candente, livre…

e um sorriso grande que não se apaga

e longas mãos que atingem novas galáxias e sentidos.

Em qual eu agora você habita?

 –

Jairo, também vi suas asas

e muitas libélulas imensas-imersas nessa luz

As páginas não foram arrancadas.

Úmidas,

ensaiaram trovões, folguedos e melodias imprevisíveis.

Triscando o vazio do átomo,

as espirais da cor

reconfiguraram seu movimento

reinventaram seu tempo-espaço

e recolheram

chuvas e íris

caleidoscópio de sinais.

pollock-2012-10-19-22-45-54-586

Te amo ainda mais hoje

e sempre.


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