Acordei com muitas vozes de mulheres retumbando dentro de mim.
Nações inteiras. Lugares, águas. Jasmim.
E seu hálito de chuva.
Para onde? Fotografia de Eva Pinto.
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Mulher Macua, fotografia de Isabel Osório.
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Tenho uma voz (…) este é um exercício de vida sem planejamento.
O mundo não tem ordem visível e eu só tenho a ordem da respiração.
Deixo-me acontecer.
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LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, p. 22
–
Nem as estrelas chegam a esses lugares instáveis,
de onda e nuvem, por onde as palavras e os fantasmas
misturam seus olhos, caminhando por dentro de si!
Sua sombra, seu rastro,
mesmo sem querer,
por aí ficam também, perdidos.
Expostos.
MEIRELES, Cecília. Viagem & Vaga Música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p. 140.
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Olhar, fotografia de Moura.
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Sonho, fotografia de Moura.
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Evola-se de minha pintura e destas minhas palavras acotoveladas um silêncio que também é como o substrato dos olhos.
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Estou transfigurando a realidade
– o que é que está me escapando?
Por que não estendo a mão e pego?
É porque apenas sonhei com o mundo mas jamais o vi.
–
LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, p. 66; p. 60.
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Kamila Kuikuro, foto de Rita Barreto.
Amei!!