Que delícia a interpretação de Zélia Duncan;

a palavra cantada de Luiz Tatit

ri,

lúdica e certeira.

É  curioso porque não sou fã da leva de Catedral,

comecei a ouvir a Zélia com detida atenção só no ano passado,

vejam só,

e estava numa fossa daquelas,

aí tocou Não vá ainda

(parceria com o adorável Christiaan Oyens),

 gravação ao vivo, lindo-intenso arranjo!

A percussão de Simone Soul

reverberou meus tambores internos,

pulsou em mim

e

revirou todas as minhas mais secretas gavetas.

Eu ouvi a canção inúmeras vezes.

Fui, então, curiosa, pulando para outras e outras,

itamar-assunpção-arnaldo-antunes

pra ela que é alma

Grave com delicadeza

em tempo de guerras intermináveis.

Grave na sua inteireza

que

comove,

quiçá até a aridez dos homens apressados

A Zélia sorri e, de repente, viramos, todos, íntimos.

Sua canção é nossa casa.

Telhados de Paris, arranjo impecável de John Ulhoa,

me acompanha madrugada afora,

quando, arteira, me aceito o erro

e vivo pelo sabor de gesto,

quase criança.

Afinal,

 eu também não consigo ficar indiferente debaixo desse céu.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: