“A sociedade que nos critica é a mesma que nos educa”
Do pichador Gandhi, em um muro de SP
→ Grafite: arte de rua; intervenção no meio urbano; capacidade de transformar lugares inóspitos em espaços lúdicos; ruptura com o lado opressor, cinzento, poluído e caótico das grandes cidades.
Na parede de um enorme edifício, uma personagem nos convida a sonhar, a sair da rotina, a olhar de outra maneira para o que nos circunda: ofício de Gustavo e Otávio Pandolfo, osgemeos! São grafiteiros que impressionam pelo requinte de detalhes, pela diversidade de influências e pela delicadeza do traço. A maneira como utilizam o spray, com o traço fininho, cunhou o estilo dos irmãos, além das estampas nas roupas das personagens e do reaproveitamento de materiais descartáveis. Não à toa, exploram dos muros do Cambuci à fachada do Tate Modern, de Londres.
Em alguns desenhos, a realidade estampada, o tom de denúncia e a evidente relação com o movimento hip hop, noutros, o onírico – a revelar canoeiros, repentistas, pescadores, violeiros…
É pungente o diálogo com o Brasil dos anônimos artistas de rua, a improvisar uma infância perdida em cada semáforo, o diálogo com o país de Cândido Portinari, Guimarães Rosa e Pixinguinha. É também perceptível a influência da estética surrealista e do movimento muralista latino-americano.
No vídeo, a relação do público com a exposição O peixe que comia estrelas cadentes, o foco em vários detalhes (como as telhas da casa: incrível como é minucioso o trabalho dos caras) e uma pequena entrevista com osgemeos.
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